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Quinua, a Proteína do Século 21

12 de mar. de 2011
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O grão, consumido pela população andina há mais de 500 anos, foi recentemente considerado pela ONU como o alimento mais completo do planeta.
por Cida de Oliveira


Se você ainda não ouviu falar dela, aguarde: a quinua é o alimento mais festejado do momento. Ótima fonte de proteína, carboidrato de baixo índice glicêmico, gordura saudável, vitamina e minerais, esse grão ainda tem outra grande qualidade. “Seus aminoácidos (componentes da proteína) são combinados na medida certa para atender às necessidades do organismo”, atesta Jaime Amaya Farfán, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação, da Universidade de Campinas (Unicamp). Para começar, cada grão tem 20 aminoácidos diferentes, entre eles a metionina e a lisina, responsáveis pela formação da proteína completa, e que é quase uma exclusividade dos alimentos de origem animal.

O que você ganha com isso? Proteína tem tudo a ver com o efeito do seu treino e com sua boa forma – ajuda a aumentar e manter o volume dos músculos, o que acelera o ritmo do metabolismo e faz o corpo queimar mais calorias. “Completa e de fácil digestão, a proteína da quinua é perfeita até para quem pega pesado nos exercícios”, assegura a terapeuta nutricional Gabriela Marques, de São Paulo. Aliás, esse novo herói do prato saudável é também uma excelente alternativa protéica para quem não come carne.

Além da proteína e do carboidrato, o poderoso grão esbanja ômega 3 e 6, gorduras do bem que impedem a deposição de gorduras maléficas nas artérias. Esse trio de nutrientes controla a liberação de glicose, impedindo aquele sobe-e-desce do açúcar no sangue que dá fome rapidinho. O mix de vitaminas (tiamina, riboflavina, niacina e vitamina E), fibras e minerais (magnésio, potássio, zinco e manganês) e a ausência de glúten (ótima notícias para quem tem alergia a esse elemento) somam mais pontos na ficha nutricional da quinua. O que os estudiosos estão tentando descobrir agora é se o vegetal, originalmente cultivado nas altas montanhas da Bolívia, possui fitoestrógenos semelhantes ao da soja — substâncias naturais que imitam a ação de certos hormônios, ajudando a amenizar os sintomas da TPM e da menopausa.

Com certeza, você já está de bolsa em punho para sair atrás de um pacotinho. Nas prateleiras, vai encontrar versões em grãos, flocos, farinha e até macarrão. A embalagem com meio quilo custa cerca de 15 reais. O preço é salgado, mas como seu volume chega a triplicar depois de cozida, não fica tão caro.

De um ano para cá, ela é presença obrigatória em todo restaurante descolado e com menu saudável. BOA FORMA já tinha cantado essa bola, mas se é a primeira vez que você ouve falar da quinua, sossegue: aqui, contamos a razão do sucesso desse cereal, consumido por tribos andinas da Bolívia há mais de 500 anos.

A quinua é uma excelente fonte de carboidrato de baixo índice glicêmico, que leva mais tempo para ser transformado em açúcar no sangue. Isso evita a produção em excesso de insulina, o hormônio responsável pelo estoque de gordurinhas. Ainda tem vitaminas, sais minerais e gordura boa. Mas é a proteína de alto valor biológico que faz desse grão um alimento especial. “A quinua tem uma combinação de aminoácidos (componentes da proteína) semelhante à do arroz e feijão juntos”, atesta Jaime Farfan, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Universidade de Campinas (Unicamp). Cada grão contém 20 aminoácidos diferentes, entre eles a metionina e a lisina, responsáveis pela formação de uma proteína completa e de boa absorção – quase uma exclusividade dos alimentos de origem animal. Por isso, você pode recorrer a ele para recuperar e manter os músculos – importante para acelerar o metabolismo e, com isso, queimar mais calorias. A vantagem é ser livre da gordura saturada das carnes, que, em excesso, prejudica o coração. Ao contrário: tem ômega 3, gordura que limpa as artérias.

Ok, a quinua não tem a mesma quantidade de ferro que a carne. Porém, ganha de qualquer outro cereal também nesse quesito. Em cada 100 gramas, são 10,9 miligramas do mineral, que combate a anemia e garante pique. “Essa é uma ótima notícia para quem come pouca (ou nenhuma) carne vermelha”, afirma a nutricionista Heloísa Guarita, da Clínica RGNutri, em São Paulo. O mix de fibras e vitaminas (C, E e especialmente as do complexo B) completa a valiosa ficha nutricional da quinua, considerado pela Food and Agriculture Organization (FAO) o melhor e mais completo alimento de origem vegetal.

Importada da Bolívia, a embalagem com meio quilo custa entre 11 e 14 reais. O preço é salgado? Se você comparar com o de uma caipirinha de saquê, comum na happy hour, não é tanto assim. Lembre-se de que o cereal é fonte de proteína, nutriente mais caro que os outros. Além disso, chega a triplicar de tamanho depois de cozido – ou seja, um pacotinho dá para várias receitas. As que apresentamos aqui são feitas com as diferentes versões de quinua encontradas nos supermercados (grão, farinha, flocos e até macarrão). Entre nessa onda!

INF. NUTRICIONAL:
QUINUA REAL (100g)

Calorias
318

Proteínas
23g

Carboidratos
74,3g

Gorduras Totais
4,9g

Gorduras Monoinsaturadas
1,3g

Gorduras Polinsaturadas
2,0

Vit. B1
30mg

Vit. B2
28mg

Vit. B3
7mg

Vit. C
3mg

Vit. E
4,1mg

Fósforo
387mg

Potássio
697mg

Cálcio
127mg

Magnésio
270mg

Ferro
54mg

Cobre
3,7mg

Manganês
7,5mg

Zinco
7,8mg

Sódio
11,5mg

Fonte: Anapoui – Associacion Nacional de Productores de Quinua - Bolívia

Além desses nutrientes, veja como é rico em aminoácidos

QUINUA REAL (100g)

Histidina
4,6

Isoleucina
7,0

Leucina
7,3

Lisina

8,4

Metionina
5,5

Fenilalanina
5,3

Treonina
5,7

Ácido Aspártico
8,6

Ácido Glutâmico
16,2

Triptofano
1,2

Valina
7,6

Cisterina
7,0

Tirosina
6,7

Argina
7,7

Serina
4,8

Prolina
3,5

Glicina
5,2

Alanina
4,7

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